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Título: O papel do orientador educacional na identificação dos comportamentos de desengajamento moral discente
Autor(es): Erika Cremiato Lippe; Neide de Brito Cunha
Data de Publicação: 13/12/2023
PROGRAMA
Mestrado Profissional em Gestão e Desenvolvimento da Educação Profissional
LINHA DE PESQUISA
Formação do Formador
PROJETO DE PESQUISA
Ensino e Aprendizagem
PROJETO DE PESQUISA
Ensino e Aprendizagem
RESUMO
Este artigo tem como objetivo identificar qual dos mecanismos de desengajamento moral são mais utilizados pelos estudantes, com base na vivência do professor coordenador de projetos responsável pela orientação e apoio educacional. Trata-se de um relato de experiência de uma docente que atua na área de educação técnica, com estudantes de idades entre 14 e 18 anos, os quais realizam seus estudos nos períodos letivos da manhã, tarde e integralmente. Esses alunos adquirem a qualificação em uma área técnica, bem como o diploma de ensino médio. Intencionouse neste estudo relacionar comportamentos agressivos com o construto de Albert Bandura (1977), percursor da Teoria Social Cognitiva, denominado Desengajamento Moral. Dessa forma, conhecendo, convivendo e vivenciando as posturas afrontosas, elas foram associadas aos oito mecanismos de desengajamento moral propostos pelo pesquisador, destacando-se que as posturas analisadas foram impetradas entre pares. O relato tem como cenário de observação uma unidade de ensino técnico em uma cidade do estado de São Paulo, com cerca de 500 estudantes matriculados nos períodos analisados. Os dados obtidos são frutos da experiência profissional da autora que exerce a função de orientadora educacional, nessa mesma instituição, ao longo de 04 anos e que atende diretamente aos estudantes envolvidos nessas práticas nocivas, como parte das atividades de seu ofício diário. Os resultados dessa vivência apontam que os alunos do sexo masculino colocam mais em prática o desengajamento moral se comparados com as estudantes, bem como os mecanismos de desengajamento moral mais utilizados por eles são os denominados deslocamento e difusão da responsabilidade, bem como atribuição de culpa à vítima. Acredita-se que essa análise pode ser um caminho para indicar quais as práticas educacionais restaurativas são as mais adequadas para conscientizar, bem como cessar esses comportamentos prejudiciais ao convívio saudável dos estudantes, uma vez que cabe às instituições de ensino a função de transmitir e perpetuar posturas de respeito, equidade, éticas e moralmente comprometidas entre todos os membros da sociedade.
Palavras-Chave
ensino técnico; teoria social cognitiva; desengajamento moral; orientador educacional
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