RESUMO
O presente artigo apresenta uma discussão sobre a criação de códigos
na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Sabendo-se que a Libras é a primeira língua
de um surdo/mudo, considera-se que o universo de comunicação se volta a esse
formato de linguagem, que varia no tempo, no espaço e contexto profissional. Desta
forma a comunicação cotidiana tem o seu contexto e regra, bem como critérios para
a criação de novos sinais, à medida que a língua portuguesa passe a incorporar
novos termos, sobretudo no que se refere à linguagem técnica. O objetivo desta
pesquisa é discutir o contexto de termos técnicos e a produção de sinais no
processo de ensino em educação profissional. A metodologia é exploratória e
descritiva, de abordagem qualitativa, e trata da discussão sobre o contexto
profissional de termos da língua e da descrição de novos termos e novos sinais na
Libras. Verifica-se que a linguagem é dinâmica, pois existem palavras que ainda
não possuem sinais e que se fazem parte do contexto profissional.
No desfecho do processo pode-se observar que o resultado obtido com a
experiência de ter alunos surdos (também tínhamos em sala de aula outros PCD’s
como baixa visão e mobilidade reduzida) propiciou uma sensibilização por parte da
instituição, em querer adaptar o espaço, por exemplo, mas principalmente o
docente, que se sentiu estimulado ante ao desafio e confiante ao término do
processo, quando pode ver seu aluno formado e posteriormente atuando.
Neste sentido o docente em colaboração com todos os envolvidos (intérprete,
instituição e aluno) participou da construção de um modelo que teve como base
incluir verdadeiramente, e não somente para o cumprimento da legislação